Por que tantos gritos?

By on agosto 23, 2019 in Chamando o Nazza with 0 Comments

Por que tanto se grita?
Por quem tanto se grita?
O que as pessoas tanto gritam?

Essas questões tem me perseguido ultimamente, em minhas observância naqueles/naquilo que me rodeiam. Não por controle do quer que seja, mas na observação sempre obtive aprendizado. A contemplação daquilo que não é dito.

Tenho verificado o quanto tem sido dito sem expressar nenhuma sílaba. Noto que existem aqueles que de tanto vocalizar numa verborréia descontrolada, tem se equivocado, pensando ter uma razão que não se pertence.

O mundo vem numa vertiginosa espiral de engano, troca de valores, discursos que possuem um oceano de complexidade mas que no fim, acabam sendo comprimido num copo de café (descartável mesmo, pra ser mais danoso).

Se antes vivíamos na agonia da competição, esse século está se tornando mais nefasto por aumentar o acesso a informação sem uso de filtros adequados (tipo os Wallitas de tamanho 102, 103 e 104).

Esses filtros, em realidade, são aqueles provenientes da educação, do exercício incansável do pensamento, aliado à observação da vivência e parâmetros adquiridos ao conhecer a realidade do seu próximo.

Mas aí é o grande lance: será que ao gritarmos nossos anseios, verdades (utilitárias, incômodas e desaforadas – a imensa maioria), temos, por isso mesmo, deixado de ouvir aqueles que nos cercam, convivem ou mesmo estão em nossas vidas?

Diz-se que silenciar é um patamar alcançado a penas na maturidade. Decerto, gritar guarda relação (em partes) com características tão humanas, como a transferência de responsabilidade. Será?

A real é cada vez mais as coisas se tornam rasas. Indistintamente, sem ser uma questão de castas, mas sim de comportamento geral. A saúde mental, começa a ser valorizada como o bem mais precioso nesses dias tão acelerados. É preciso pausa. Silêncio. Observação.

Assim, com empatia (e não falsa piedade), poderemos ouvir as angústias, os anseios, as verdades e os inúmeros pedidos de socorro que estão pairando no ar.

Olhar a ti mesmo. Com verdade. Com humildade. Com humanidade. Começar uma revolução. Individual. Dia após Dia. Para de gritar. Aprender a escutar. Voltar a amar…

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About the Author: Eduardo, o Nazza, brasileiro, matogrossense, rondonopolitano, sonhador, indefinível (deixo isso pro meu jazigo), dee jay, estudante de direito, e doido pra inventarem uma caixa de som flutuante pra sair por ai com minha trilha a top! .

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