O mundo todo não é uma ilha
Não sou uma ilha. Definitivamente não.Prefiro imaginar que sou um continente. Por onde pessoas transitam livremente, sem qualquer tipo de distinção. Isso não quer dizer, que não tenha minhas preferências. Mas não implica estabelecer que, por isso, os não preferidos devam ser tratados de maneira distinta. Não mesmo.
Também não trato as pessoas da maneira com a qual dispensam tratamento à minha pessoa. Por certo, se retribuísse ou condicionasse a maneira de tratar à maneira que me tratam, simplesmente , não seria eu mesmo. As relações todas tem a configuração de escambo : é uma troca. Toda e qualquer relação é assim. Os meus escambos não são mensurados por aquilo recebo, e sim , pelo que eu dou.
Tenho muita sorte de ser correspondido na grande maioria das vezes, mas o fato de isso não ser uma totalidade, não me machuca ou me indigna. Me alegra. Pois percebo que sigo sendo eu mesmo. Trilhando o caminho para a incondicionalidade.
Não quero ser santo, pois sou um em meus incontáveis defeitos. Perfeito nas minhas imperfeições, como diz Caetano Veloso. Sedento em aprender como ser uma pessoa melhor. Buscando os acertos nas inúmeras tentativas equivocadas. Tentando, lutando contra o ‘estacionismo’ de uma vida comum. Quero uma vida melhor.
Onde a tolerância seja a força motriz que faz girar o meu senso de compreensão, perdão e da verdade. Não a absoluta, apenas a que eu preciso. E que ela não colida de maneira a machucar quem quer que seja; quero apenas a verdade que me traga paz e fé.
Não escrevo uma Ode ao individualismo. Mas descubro na minha singular individualidade, uma maneira de me relacionar de maneira mais positiva com os demais. Singular, todos nós somos, graças a Deus. Agora se fazemos ou não uso dessa pequena gigante dádiva, é uma outra estória … Quem sabe assim, o mais simples, seria percebido como o mais importante ..