Letras nos vídeos – Tendência ou jogada de marketing?

By on abril 17, 2012 in Neurobusiness with 0 Comments

O ano é 1990, George Michael causa ao se recusar a fazer um vídeo clip tradicional da música “Praying for Time,” o primeiro single de seu álbum “Listen Without Prejudice”. Ao invés disso, sua gravadora lança um clipe simples exibindo apenas a letra da canção em uma tela preta. Vinte e dois anos mais tarde, eis que surge um movimento profético.

 

As estrelas pop ainda fazem vídeos regulares para acompanhar suas canções, é claro, mas agora, muitos deles também lançam “vídeos com as letras oficiais.” Madonna, por exemplo, está filmando um clipe tradicional para seu próximo single “Girl Gone Wild”, mas em vez de liberar a música para a rádio e pedir-nos para esperar por uma interpretação visual, sua gravadora envia este vídeo:

Comercialmente, faz muito sentido. Por um lado, os fãs podem enviar e divulgar o vídeo, o que significa que a canção recebe a exposição mesmo se as estações de rádio recusam-se a tocá-lo. Além disso, os ouvintes estão sedentos por aprender as palavras de seus hits favoritos, e, `as vezes, é melhor criar um vídeo com a letra que esperar um vídeo caseiro criado por um fã no youtube.

Quando alguém assiste a um vídeo de um fã com as letras da música, a gravadora não ganha dinheiro com a publicidade incorporada, e frequentemente, as letras estão erradas ou mal escritas. Uma gravadora inteligente que cria um produto oficial, gera receitas, e ainda cria um burburinho.

Por serem comuns, os vídeos com as letras oficiais evoluíram, e já não são somente ferramentas de marketing. Os melhores são também obras de arte.

Veja por exemplo o vídeo de Katy Perry “Part of Me”. É um exemplo bem básico, o uso de fontes interessantes e efeitos tipográficos para fazer o texto ganhar vida na tela. As palavras deslizam para fora umas das outras, frases viraram para a frente como recortes em um livro, e o movimento está programado de acordo com a batida da música.

O texto é bem trabalhando pois assim, mesmo aquele que não gosta da música, pode saborear da experiência visual.

Alguns vídeos levam este conceito ainda mais longe. No clipe de “Turn Me On”, de David Guetta com Nicki Minaj, as palavras ficam tão empolgados com a batida da canção que explodem dos equipamentos de som. A palavra “oooh” voa para fora do toca disco, o coro empurra os botões do fader de cima para baixo, e com o aumento de ritmo, a cor o texto e a forma são alterados.

O Mverzaro concorda com a blogueira Linda Holmes ao afirmar que o melhor exemplo é o vídeo das letras de Jason Mraz “I Won’t Give Up”, que ficou muito melhor que o vídeo oficial e deu sentido a história da música.

Nele, as letras são integradas em uma história sobre um homem que escreve para sua namorada até que eles possam finalmente se reencontrar. As frases aparecem em envelopes e cartões postais, seguindo os versos e refrões, que também acompanham as mensagens do homem. Em seguida, as letras aparecem em lugares inesperados – nas paredes, caixas e pisos. De repente, é possível saber o amor que sentem um pelo outro pois sua relação está escrita em tudo o que tocam.  Não são apenas as letras, mas o mundo que os une, e as letras na tela são a razão de entendermos isso.

Fonte:

http://www.npr.org/blogs/monkeysee/2012/02/29/147637692/more-than-words-the-art-of-the-lyric-video?sc=tw&cc=twmp

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About the Author: É Neurocientista, Palestrante, Yoguini, Influenciadora Digital e Produtora de eventos na Círculo Produções (http://www.circuloproducoes.com). Já foi Dj, dona de loja, garçonete, assistente de cobrança, vendedora, professora de universidade, webdesigner, fotógrafa, especialista em logística de piloto e dona de Club. Ama a música, o cérebro, o universo, a ciência e escrever. .

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