A Música e o Câncer – Outubro Rosa

By on outubro 18, 2015 in MusicaMente with 0 Comments


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Em culturas diversas, o médico e o músico são representados por uma mesma imagem ou símbolo. O Imperador Amarelo, na antiga China, é considerado o fundador da Medicina e da música. Na mitologia grega, Apolo simboliza a estreita relação que existe entre a música e a Medicina. O centauro Quíron aprendeu a arte da Medicina com Apolo e tratava doenças variadas com os sons de sua lira. Na Bíblia, a música também é citada como um instrumento de cura ao descrever que a ira do rei Saul foi acalmada pela harpa do jovem Davi, tido como músico talentoso.

No tratamento contra o câncer, a música pode trazer efeitos positivos em relação ao humor, à dor e à qualidade de vida de quem se submete ao tratamento.

Um estudo que analisou os quadros de 1.891 pacientes em 30 experimentos distintos e comparou ao tratamento convencional, demonstrou que houve uma baixa significativa nos índices de ansiedade clínica.

A análise de pacientes com câncer, que recebiam esquema de medicamentos analgésicos, demonstrou redução significativa da intensidade da dor mensurada pela Escala Analógica Visual após a audição musical, isso ocorre pois a música provoca a liberação de endorfinas. 681e44e44174e6eeddf96a76a4290159

Os resultados apontam também para melhoras na qualidade de vida. Ainda foram registrados efeitos benéficos para a respiração e a circulação.

A intervenção musical no ambiente hospitalar parece resultar em um impacto positivo para os pacientes. Eles reconhecem a música como uma forma adicional de cuidado quando mencionam os efeitos que ela produz.

A música provoca o fenômeno da indução, técnica que podemos utilizar para programar a própria vida, controlar nossos ambientes ou regular nossas ações, pensamentos e emoções. Ela ajuda a reduzir o estresse e a tensão e induz ao relaxamento.

As respostas emocionais à música podem ser ocasionalmente intensas, mas frequentemente se caracterizam por sensações ou estados de humor. Ela é um “tempo” dentro do tempo ordinário, por isso é comum ouvirmos as pessoas referirem-se ao “extraordinário” da experiência que a música possibilita aos indivíduos.


 

 

 

 

Referências:

  • GREGORY, A.H.; VERNEY, N. Cross cultural comparisons in the affective response to music. Psychology of Music, v. 24, p. 47-52, 1996.
  • COOK, J.D. Music as an intervation in the oncology setting. Cancer Nursing, v.9, p. 23-8, 1986.
  • ORTIZ, J. M. O tao da música: utilizando a música para melhorar sua vida. Trad. De Marcello Borges. São Paulo: Mandarim, 1998.
  • LEÃO, Eliseth Ribeiro. Cuidar de Pessoas e Música: Uma visão multiprofissional. Yendis Editora. 2009

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About the Author: É Neurocientista, Palestrante, Yoguini, Influenciadora Digital e Produtora de eventos na Círculo Produções (http://www.circuloproducoes.com). Já foi Dj, dona de loja, garçonete, assistente de cobrança, vendedora, professora de universidade, webdesigner, fotógrafa, especialista em logística de piloto e dona de Club. Ama a música, o cérebro, o universo, a ciência e escrever. .

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