Inveja, a irmã da preguiça

By on janeiro 21, 2013 in Chamando o Nazza with 1 Comment

inveja-olho-de-inveja2Aproveitei a insônia da noite passada pra pensar um pouco. Andam acontecendo várias coisas em minha vida, encontrei por fim, sinceramente, alguém que transborda minha felicidade intríseca. Afinal ela jamais deve partir extrinsecamente, necessariamente tem que estar contida em cada um de nós.

E me surgiu uma questão interessante: expor ou não isso, é válido? Não poderia, de repente, olhos gordos, maus olhados ou inveja do tipo seca pimenteira? (se bem que pra mim, inveja é inveja de qualquer maneira). Como sempre fui um desbravador do vasto campo dos porquês, me pus a pensar. Juntei alguns pontos, pensamentos e experiências pessoais e cheguei à seguinte conclusão: a inveja é irmão da preguiça.

 

Porque .. Assim: nascemos sendo únicos, singulares. Ouso dizer que somos iguais. Pois nascemos dotados de várias coisas em comum, diferenciando apenas o grau de sentir e a maneira com a qual percebemos o que nos rodeia, nos aflige, nos alegram etc. Justamente por isso, viemos ao mundo capacitados para sermos irrepetíveis.

Foi-nos concedido no jardim do Éden, o livre arbítrio, a premissa de poder escolher o que pensamos ou julgamos ser o melhor para cada um de nós. Através do conhecimento e vivencia diária, podemos construir nosso próprio ‘golden path’, nossa própria história, nossa própria vida.

Mas com a tendente evolução que empenhasse em resumir tudo a termos práticos, nos tornamos mais preguiçosos. A impressão que fica é que estamos tão ocupados quem nem tempo pra fazermos nossas próprias eleições podemos fazer. Parece que sempre alguém já pensou ou resolveu por nós.

Com isso, a comodidade do copia-e-cola acaba se tornando uma coisa danosa. Abre um precedente perigoso. Fica como se pudesse trazer pra dentro de nós, tal e qual fazemos com uma foto, um look, uma frase de aspirações proféticas, um texto, tudo aquilo que achamos pelo menos interessante. Sem prestarmos a devida atenção em analisar de onde veio, de como se chegou ao que vimos, que caminho que fez percorreu até chegar até ali. Assim se deixa de fazer uso da coisa mais incrível a que temos direito desde que nascemos: a unicidade.

John Stuart Mills dizia que cada um tem que passar por todas as experiências possíveis em vida, para tirar sua própria conclusão a respeito. Não é possível viver a vida, o sonho do outro. Todos somos capazes de realizarmos coisas por nós mesmos, a partir das nossas vontades e anseios. Não precisamos querer o do outro pois podemos ter o nosso.

Então muitos são os que optam não expor sua vida temendo o mau agouro comum nos que tem preguiça de pensar e construir sua própria vida. Claro, uma vez mais, tenta-se evitar o mal ao invés de procurar espalhar o bem, mas é através de bons exemplos (e olha que estamos muito carentes hoje em dia) de que se pode sim, ter um bom carro, uma boa casa, um bom visual, uma relação em harmonia apenas vivendo cada um sua própria vida, que aqueles singulares, servem de inspiração para os demais.

É fácil, muito simples: não queira ser o outro, sejas SEMPRE você mesmo.

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About the Author: Eduardo, o Nazza, brasileiro, matogrossense, rondonopolitano, sonhador, indefinível (deixo isso pro meu jazigo), dee jay, estudante de direito, e doido pra inventarem uma caixa de som flutuante pra sair por ai com minha trilha a top! .

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  1. Daniela Marx disse:

    É isso aí!!! Adorei o texto, parabéns!!!!!

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