A Vida, como ela é pra mim!
Vivo comentando e dizendo que a vida é um grande barato pela sua imensa capacidade de nos surpreender a cada novo dia. Percebo-a exatamente dessa forma. Fico atento às minúcias e pequenos detalhes – onde residem de fato, as grandes coisas – que me acontecem dia após dia.
Sofro de apaixonite. Não posso negar.
Adoro a sensação da boca seca, ao ver aquela que me encanta; o brilho no meu olhar, talvez reflexo daquilo que esteja vendo; aquele aperto no peito que até dificulta a respiração somado ao frio na barriga – os espanhóis dizem ‘las mariposas en el estomago o en las tripas’ – , acho sensacional essa maratona sensorial.
Mas tenho ciência de algo muito importante e talvez o mais significativo nessa história toda: antes de bem querer, apaixonar-me, amar outra pessoa, sinto, em proporção igualada, por mim mesmo.
Não é egolatria. É que percebi que sou capaz de desenvolver um sentimento bem próximo a incondicionalidade se puder sentir algo como se fosse a mim mesmo. Não tenho necessidade de competir contra o melhor de mim, quando me disponho a gostar de outro alguém.
Isso gera uma proteção e segurança que, hoje vejo, me faltou em tantos amores que vivi no passado. Mulheres fantásticas já estiveram em minha vida e, por inexperiência, imaturidade, egocentrismo e coisas dessa natureza, não receberam o devido valor. Contudo, me fizeram aprender e guiaram-me até onde me encontro hoje.
E sim. Estou encantado, surpreso e admirado por um certo alguém, que apareceu do nada e mexeu demais comigo (ah, os Titãs ..). Que seja duradoura essa paixão, esse bem querer, até quando quisermos isso, da mesma maneira, um para o outro ..