A Neurociência do Amor – Parte 2 – O Afeto

By on julho 1, 2018 in Neuromundo with 1 Comment

Uma sensação cálida, confortável, segura. A medida que a paixão acaba, o afeto aumenta e um novo sistema químico está se instalando. As endorfinas são o ópio da mente, essas substâncias são similares à morfina .

Essas substâncias acabam com a dor, reduzem a ansiedade e acalmam a mente.

Os parceiros que estão nesse estágio desencadeiam um no outro, a produção de endorfinas, que lhe proporcionam uma sensação de segurança, estabilidade e tranquilidade.

Agora é possível comer, conversar e dormir em paz!

Nessa fase o relacionamento já está mais consolidado, os parceiros passam a conhecer-se um ao outro de forma mais íntima e começam a influenciar ambos os aspectos de vida um do outro. É nesta fase que se sentem protegidos .

A ocitocina, e a vasopressina são os hormonios relacionados com o bem-estar, com a fidelidade e com as emoções positivas. A ocitocina é aquele hormônio que une realmente os laços, ele geralmente é liberado pela mulher na época da gravidez para diminuir a dor do parto e criar um laço especial entre a mãe e o bebê. Já a vasopressina é o hormônio liberado pelo homem e está ligado a fidelidade.

Aqui começa a dança do acasalamento para perpetuar nossa espécie, onde passamos nossos genes para a próxima geração.

Como seria de se esperar, as melodias do namoro humano têm seu eco na música das espécies animais. Só precisamos ficar ao ar livre em uma noite de verão para escutar o som. Os sapos coaxam, Os grilos cricilam. Os gatos miam. Os insetos zumbem. Por todo reino animal, os chamados dos machos, desde o ruído emitido pelo salmão e o bramido surdo do elefante até o “chip” emitido pelos menores largatos servem como potentes sinais para atrair o sexo oposto.

Os seres humanos têm uma natureza comum, um conjunto de tendências e potencialidades inconscientes compartilhadas que estão codificadas em nosso DNA, tudo isso evoluiu porque já era utilizado por nossos antepassados há milhões de anos. Não temos consciência dessas predisposições, mas nossas ações ainda são motivadas por elas.

A cultura se apropria de nosso material genético comum  e cria inúmeras e diversas tradições, os indivíduos, por outro lado, reagem a seu ambiente e à sua herança.

O amor é mágico mas nossos desejos sexuais são tangíveis e reconhecíveis. Quanto mais conhecermos nossa herança genética, maior será nosso poder sobre ela e mais forte será nosso livre arbítrio.

 

Referência:

Fisher, Helen E., Anatomia do Amor: A história natural da monogamia, do adultério e do divórcio/ tradução Magda Lopes, Maria Carbajal. – Rio de Janeiro: Eureka, 1995.

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About the Author: É Neurocientista, Palestrante, Yoguini, Influenciadora Digital e Produtora de eventos na Círculo Produções (http://www.circuloproducoes.com). Já foi Dj, dona de loja, garçonete, assistente de cobrança, vendedora, professora de universidade, webdesigner, fotógrafa, especialista em logística de piloto e dona de Club. Ama a música, o cérebro, o universo, a ciência e escrever. .

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